quarta-feira, 28 de março de 2012

A do contra: parar no tempo




É isso mesmo! Acho um absurdo quando ouço alguém dizer que não gosta de aprender coisas novas. Uma das coisas que mais admiro na minha mãe, nesses últimos anos, é justamente a vontade dela de aprender coisas que no passado não existia. Não é porque ela é da geração que não sabia usar computador, pois ela tem até um blog! Além disso, dirige para todo lugar e não tem medo de aprender novos caminhos. E agora, por último, está dando um show no Twitter! Ela é uma verdadeira mulher moderna à moda antiga!
Ah, se todas as mulheres fossem assim… Ah, se elas não tivessem tanto medo de conquistar, aprender e fazer acontecer!
Eu morei fora do Brasil por mais tempo do que vivi nele. Foram praticamente 24 anos fora. Tenho 38, você faz a conta. Uma das coisas que aprendi muito lá fora foi justamente isso: me virar. Aqui no Brasil as pessoas sempre dão um jeitinho – aliás, nós, brasileiros, somos conhecidos por isso, o que, na minha opinião, é muito bom, desde que não nos impeça de conquistar as coisas direito. Mas é nisso que muitas mulheres perdem. Já que aqui tem sempre aquele jeitinho, muitas não aprendem coisas novas.
A primeira coisa que tive de fazer lá fora foi aprender o inglês. Já que eu tinha 12 anos, não foi tão difícil assim; mesmo assim, conheci muitas jovens de outros países na escola que viviam conversando em sua língua natal, e quando falavam o inglês, não conseguiam se comunicar direito. Isso porque já estavam no país há muito mais anos que eu. Queriam porque queriam que eu aprendesse o espanhol para me comunicar, só que se eu aprendesse o espanhol, iria deixar de falar o inglês! Fiz questão de não aprender (hoje me arrependo disso), só para não me desviar do inglês.
A outra coisa que aprendi, na época, foi a me virar na escola imensa, de várias salas. Cada período era feito em uma sala diferente, sem falar o inglês, e com toda a minha infeliz timidez. Meu coração tremia de nervoso e, às vezes, chegava atrasada na sala de aula de cor de tomate. Isso foi ótimo para mim, me ajudou a ser mais independente da minha mãe e dos professores.
Quando me casei, fiz questão de aprender fazer tudo em casa. Limpar, cozinhar, lavar, passar, fazer compras, pagamentos, resolver problemas de contas e outras coisas. Tudo em casa caía dentro da minha responsabilidade, e o Renato não precisava fazer absolutamente nada. É claro que errei muito no início, nem conto a você sobre a primeira vez que fiz feijão preto…
O Renato, então, me ensinou a dirigir por umas três vezes. Fiz o teste, passei e comecei a praticar. Aprendi a dirigir aos 17 anos – graças a Deus! Como é importante a gente poder sair sem depender dos outros ou do tempo…
Aprendi a fazer as unhas, o cabelo, a decorar, a contabilizar, me arrumar, tocar piano na Igreja, aconselhar, evangelizar, escreverapresentar programa de rádio, de televisão,tirar fotoscriar vídeos e, por último, até cantar. Sabe como? Querendo, só isso. Não tive aula para nada disso.
Minha amiga leitora, às vezes a nossa cultura nos limita a fazer a mesma coisa dia sim, dia não. Não saimos daquilo. E, sabe o que acontece? Deixamos de fazer a diferença que tanto queremos, ou você pensa que pode fazer a diferença fazendo o mesmo todos os dias?
A mulher de Deus também é moderna. Ela não fica para trás de jeito nenhum! Ela é ativa, adora aprender coisas novas e a usar a cabeça para muito mais do que somente um arquinho. Ela é moderna, mas também não se perde na modernidade. Ela não perde tempo, e sim ganha.

Cristiane Cardoso

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